domingo, 17 de novembro de 2013

O segundo post da vida do M


E cá estou eu para o segundo post.
Então quem sou eu…
Sou o Mike, nasci em Lisboa em 1988.
Sempre tive uma boa vida, com alguns altos e baixo como em todas as vidas, mas felizmente com mais altos que baixos.
Passei por imensas mudanças, físicas e psicológicas ate chegar á pessoa que sou hoje.
Claro que há certas coisas que nunca mudaram e nunca irão mudar.
Desde criança que sou carinhoso, atencioso, preocupado com os outros (em demasia, pois já me lixei muitas vezes graças ao meu coração tão bonzinho lool), teimoso, respondão sempre com uma resposta na ponta da língua, com o nariz um pouco arrebitado, amigo do meu amigo, sempre pronto a ajudar quem precisa e muito mais coisas, tanto boas como más.
Mas houve muitas mudanças também.
Em criança, era muito tímido, envergonhado, irrequieto (passava a vida a ser cozido, engessado e visto por médicos ehehe). Sempre adorei livros, animais e a vida no campo. Nada era melhor que as ferias, pois ia sempre para zonas fantásticas, com imenso verde e animais para me entreter. Tinha um rio ao fundo da rua, uma vinha como quintal, capoeira, os cães e gatos da família, fora os campos ao lado onde ia pastar as ovelhas (ou eu ser pastado para dizer a verdade). No entanto, havia algo nessa vida que eu detestava e me deixava em pânico. As inofensivas lagartixas e osgas. Eram criaturas que me faziam ficar num estado tal de pânico, que eu me tornava um perigo para mim mesmo. Felizmente já ultrapassei esse medo e abracei por completo o meu gosto por animais, tendo agora cobras e já penso em ter gueckos, ou a designação comum, osgas. Nunca fui uma criança com muitos amigos, pois desde pequeno que prefiro poucos e bons, sem contar com os animais que de certa forma são os melhores amigos que se pode ter. Sempre mantive o mesmo grupinho de amigos ao longo da vida, e ainda estão todos presentes. Uns mais que outros, mas isso são devido á vida de cada um. Mas uma coisa é certa, sempre que necessário estamos presentes uns para os outros.
Eu e o meu grupo de amigos passamos por tudo juntos.
Escola primária e catequese, ensino básico, o secundário etc
Passávamos ferias em casa uns dos outros, ajudámos uns outros em momentos maus e nos bons.
Fomos descobrindo a adolescência e os seus problemas, os primeiros amores etc. No que toca a primeiros amores, fui o primeiro a sofrer disso. Apaixonei-me pela minha vizinha e melhor amiga, a Maria.  Isto com uns 11 ou 12 anos. A coisa não correu muito bem… foi um namoro mesmo de crianças a descobrirem uma relação e o gostar de alguém.
Ora começávamos, ora terminávamos, ora ela gostava de mim, ora não gostava, tinha ciúmes do meu cão e dos amigos e amigas do grupo etc
Mas nos momentos bons, era um namoro giro. Namorar á janela, na escola, andar de mãos dadas, dar uns xoxos ás escondidas, tudo muito puro e sem maldade. Até ao dia em que ela decidiu traumatizar-me e enfiar-me a língua boca a dentro. Ganhei um trauma tão grande, que só o ultrapassei em 2006, já com 18 anos.
Depois dela, voltei a apaixonar-me por outra pessoa do grupo, ou melhor alguém que foi introduzido no grupo. O João entrou como namorado de uma amiga e ao princípio era um suplício para todos termos de conviver com ele.
Era o típico betinho com a mania, cabelo irritante e com piadas de morte.
Mas com o tempo, vimos que não era assim tão mau, ate era bom miúdo.
Passou a ser um de nos, a 100% e tornou-se o meu melhor amigo. E com o tempo, passou a melhor amigo e apaixonado. Ele sabia disso, e ficamos ainda mais próximos devido á confiança e amizade entre nos.
Já agora, sou bissexual ehehe
Todos os meus amigos sabem e família mais chegada também.
Depois do João, entrei num período de “estou fechado para o amor”, ate fazer 18 anos. Achei que já tinha maturidade para me poder apaixonar e ser feliz.
Como tal, tive de recorrer a sites e chats para conhecer pessoas novas.
E de facto conheci alguns rapazes simpáticos. Um deles, o Ricardo cheguei a conhecer pessoalmente e a ter uma espécie de namorico (que me fez perder o trauma e descobrir que beijo bem), até ele ter de ir estudar para o Algarve. Lá fiquei novamente solteiro, e a tentar procurar alguém que valesse a pena conhecer e investir.
Essa pessoa só apareceu em 2008, foi o Henrique.
Um rapaz brasileiro, que estudava medicina em Portugal. Ainda estivemos juntos durante uns meses, perdi a virgindade com ele. Chegámos á conclusão que era melhor sermos apenas amigos, devido a termos diferenças de feitio e personalidade. Lá fiquei novamente sozinho e cada vez mais desiludido com a minha sorte nas relações e com as pessoas, pois 90% só queriam quecas.
E em 2009 aconteceu eu ser encontrado pelo que foi o meu 1º amor de verdade, o M. Posso dizer que da minha parte foi amor á primeira vista.
Nunca tinha sentido nada assim por ninguém. Foi de modo geral uma relação de sonho para mim. Tivemos um começo mau, devido a alguns problemas dele com o passado. Mas com amizade, companheirismo e amor superamos tudo. Éramos a inveja dos nossos amigos e inimigos, um casal de sonho, símbolo de união, amor, companheirismo, comunicação, dedicação etc
Assumimos perante as famílias que estávamos juntos, eu adorava a minha ex sogra e o meu ex cunhado.
Fazíamos férias juntos, apenas os 2. Fizemos inclusive umas mini ferias com a mãe dele, na terra dela. Conheci os avós dele, as suas raízes.
Tínhamos tudo para ser felizes, ate ambos termos cometido um erro crasso.
Apaixonámo-nos ambos por um amigo nosso, que estava numa relação infernal.
Falámos entre nos acerca disso, o que serviu para nos aproximar ainda mais e fortalecer como casal. Já fazíamos planos de morar juntos, ate a minha ex sogra já falava nisso, em irmos morar lá para casa quando ambos tivéssemos trabalho. E nos íamos crescendo juntos, fazendo planos, e apoiando esse tal amigo, pelo skype e telemóvel.
Até que ele terminou a relação em que estava, e pudemos finalmente apoia-lo pessoalmente. Infelizmente ele tinha passado por momentos muito maus, e tentamos o melhor possível ajudar. Conseguimos recuperar o caco que ele ficou, e nessa altura tivemos a ideia de tentar ter uma relação a 3.
Funcionou durante uns meses, ate o recém chegado ter começado a ter comportamentos possessivos em relação ao M. Com o meu coração mole, com pena do P e do que já tinha passado, nunca contrariei esses comportamentos, e muitas vezes ralhei com o M por ele o fazer. Vejo agora que me deveria ter imposto mais, não ter sido tão bonzinho.
Mas de certa forma, não me arrependo do que fiz e vivi, pois no fundo a verdade é que fui feliz com ambos. O P, apesar de gostar mais do M, também gostava de mim e fez muito por mim a nível psicológico. Mas também fez algumas cicatrizes, mais no final da relação.
Ao ponto de ter conseguido o que queria. Ficar apenas com o M.
E foi esse fim de relação, que me trouxe ate aqui e á criação deste blog.
Espero conseguir com isto, livrar-me dos fantasmas e esqueletos que tenho no armário e sofrer uma catarse.


3 comentários:

  1. wooow, relação a três? woooow, isso é daquelas coisas que eu por mais que acho que num mundo cor de rosa cheio de brilhantes fosse bom, na realidade nunca conseguiria tal pois sabia que tal como te aconteceu ia acontecer mais cedo ou mais tarde, um acaba por gostar mais de outro, ciúmes e intrigas entre os três.. e pronto.. eu nunca teria aceitado isso.. é estranho namorar e apaixonar-se por outra pessoa, isso não têm lógica para mim.. uma coisa é certa, deves ter aprendido muito mas também deve custar-te muito ver os dois juntos agora.. mas fiquei :ooooo

    mas sabes que o tempo cura tudo por mais que achemos que não. :)

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  2. Eu também não acredita que fosse possível.
    O M foi o meu primeiro namorado a sério, vivíamos um para o outro, éramos perfeitos juntos.
    Até termos conhecido e começado a conviver com o P. Aos poucos e sem ele fazer nada por isso, foi crescendo para nos de forma natural. Quando eu e o M nos apercebemos que gostávamos dele,falámos entre nos e compreendemos um ao outro. Só passado um ano de nos termos apaixonado pelo P é que cometemos a insana loucura de o pedirmos em namoro. Ao principio era tudo lindo. Era a minha relação com o M, mas com o P também. Éramos os 3 inseparáveis e unidos. Até que como disseste e bem,começaram as intrigas e os ciumes etc. E eu fui muito permissivo com o P,devido a ter pena dele, com traumas e problemas que ele tinha das relações anteriores.
    E sim, aprendi mesmo muito com o meu erro.

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    1. entre dois já é complicado o suficiente, com três são demasiadas incertezas e variáveis para controlar.
      mas pronto, agora deves ser uma pessoa melhor do que eras antes.
      abraço :)

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